terça-feira, 22 de junho de 2010

A Celeste está de volta


Não havia muitas expectativas em relação a seleção do Uruguai. Apesar de ter alguns bons valores, a equipe não conseguia render bem nas eliminatórias. O time era esforçado, mas limitado. Logo, talvez fossem a maior zebra do grupo A. Na primeira rodada não renderam muito, tinham os mesmos problemas de sempre: atacantes não conseguiam jogar bem juntos e a falta de um meia com um mínimo de visão de jogo.
Mas apartir da segunda rodada, contra os sul-africanos, a situação mudou. A equipe teve uma significativa melhoria ofensiva, e as jogadas fluíram. Um dos principais responsáveis disso é o técnico Òscar Tabarez, que através de uma simples mudança, transformou água em vinho. Ele recuou Diego Forlán, que passou a armar as jogadas. No lugar de um inoperante meia, colocou o atacante Cavani. Bingo. Era o que faltava para tudo entrar nos eixos. Após uma excelente vitória de 3 a 0 sobre o time da casa, era a vez do México ser desafiado. Os charruas dominaram o embate, não dando muita chance para Giovane dos Santos e Cia. Tivemos nesta última quarta uma grande apresentação, com dois times partindo pra cima, querendo jogo. Mas a superioridade foi além do que o placar de 1 a 0 mostrava. O Uruguai terminou na liderança do grupo. Mais do que isso, ressurge com força das cinzas.
Três fatores são importantes de serem mencionados. Primeiro: Forlán tem surpreendido a todos, com uma capacidade de articulação de jogadas não antes conhecida. Segundo: Luís Suarez finalmente está jogando bem pela selção. Terceiro: espetacular atuação da defesa, especialmente Lugano e Godín.
A Celeste está de volta, para o bem do esporte. Até onde irão não se sabe, mas a garra e o orgulho uruguaio foram restaurados.

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